Fratura de fêmur proximal em idosos acima de 80 anos: causas e prevenção / Proximal femur fracture in elderly above 80 years: causes and prevention

As fraturas do fêmur extremidade proximal são comuns e representam cerca de 20% do trauma ortopédico e, ao longo da vida, o risco no quadril é alto. A expectativa de vida está aumentando e as mudanças demográficas poderão provocar aumento no número de fraturas principalmente a do quadril. Este é estudo retrospectivo, transversal e analítico, realizado em centro de trauma nível 3. A amostra totalizou 140 pacientes com média de idade de 86,6. Foram 103 mulheres e 37 homens, fazendo proporção de 2,78:1, mulher/homem. As fraturas transtrocantéricas representaram a maioria, 87 (62%), seguida pelas do colo 49 (35%) e subtrocantéricas 04 (03%). Em conclusão, grande parte das fraturas ocorreram dentro do ambiente domiciliar e relacionadas aos fatores extrínsecos; muitos podem ser eliminados com adaptações realizadas nas edificações e nos mobiliários. Acompanhamento multidisciplinar na prevenção de quedas, com o auxílio da geriatria, reduziria os acidentes tanto domiciliares quanto externos.

Proximal extremity femur fractures are common and account for about 20% of orthopedic trauma and, throughout life, the risk at the hip is high. Life expectancy is increasing, and demographic changes may lead, also, to an increase in the number of fractures, especially of the hip. This is a retrospective, cross-sectional and analytical study carried out in a level 3 trauma center. The sample totaled 140 patients with a mean age of 86.6. There were 103 women and 37 men, making a ratio of 2.78:1, woman/ man. Transtrochanteric fractures represented the majority, 87 (62%), followed by neck 49 (35%) and subtrochanteric 04 (03%). In conclusion, most fractures occurred within the home environment and were related to extrinsic factors; many can be eliminated with adaptations made to buildings and furniture. Multidisciplinary follow-up in the prevention of falls, with the help of geriatrics, would reduce both domestic and external accidents.

A polifarmácia e sua influência na adesão ao tratamento da artrite reumatóide / The polypharmacy and its influence on treatment adherence in rheumatoid arthritis

INTRODUÇÃO: A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica autoimune com prevalência de 0,4 a 1,9% que vem sofrendo mudanças na estratégia terapêutica visando maior controle da atividade inflamatória. OBJETIVOS: Identificar a influência da polifarmácia e de fatores relacionados ao paciente na adesão ao tratamento da AR. MÉTODOS: Estudo transversal, observacional realizado no Ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário Mackenzie com pacientes com AR, que foram questionados sobre dados epidemiológicos, medicamentos utilizados, adesão ao tratamento (questionário de Morisk-Green-Levine) e escala de depressão (CES­D). RESULTADOS: Dos 190 pacientes estudados, 28,9% se mostraram aderentes, 55,3% moderadamente aderentes e 15,8% baixa aderência. As variáveis associadas com baixa aderência foram: menor idade (p=0,04); sexo feminino (p=0,03); menor variedade de medicamentos de uso contínuo (p=0,05) e depressão (p=0,001). CONCLUSÃO: Menos de um terço dos pacientes com AR mostrou boa adesão ao tratamento; a polifarmácia influenciou positivamente e a sintomatologia depressiva, negativamente nesta adesão.

INTRODUCTION: Rheumatoid arthritis (RA) is an autoimmune systemic inflammatory disease with a prevalence of 0.4 to 1.9% that has undergone changes in the therapeutic strategy aiming better control of inflammatory activity. OBJECTIVE: Identify the influence of polypharmacy and factors related to the patient in adherence to RA treatment. METHODS: Observational, cross-sectional study conducted at the Rheumatology Outpatient Clinic of Hospital Universitário Mackenzie with RA patients, who were asked about epidemiological data, data on the treatment of the disease, treatment adherence (Morisk-Green-Levine questionnaire) and depression scale (CES-D). RESULTS: One hundred and ninety patients were included: 28.9% were adherent, 55.3% moderately adherent and 15.8% showed low adherence to treatment. The variables associated with low adherence were: younger age (p=0.04); female gender (p=0.003); less variety of medications use (p=0.05) and depression (p=0.001). CONCLUSION: Less than one third of RA patients had good adherence to treatment; polypharmacy influenced positively and depressive symptoms negatively on this adherence.